Falando sobre... Fibromialgia
A fibromialgia é caracterizada por grande sofrimento físico e psicológico, são doentes com síndromes músculo-esqueléticos também chamados de “funcionais” dado o carácter crónico da dor.
Atualmente a fibromialgia mais que uma doença física é considerada sobretudo uma doença biopsicossocial. Ao nível psicopatológico a fibromialgia enquadra-se nas doenças de espectro afectivo, com elevada prevalência de depressão no momento atual e nos antecedentes pessoais e familiares.
Uma perspectiva Psicocorporal da Fibromialgia: Nas pessoas com esta patologia, e em fase avançada, todos os movimentos de expansão estão presos. A consciência corporal poderá estar reduzida, apenas conseguindo focar a dor.
A pessoa com fibromialgia tende a isolar-se, a ficar presa na sua dor com a sensação de incompreensão, tende a viver de uma forma solitária e não participativa no seu contexto familiar e social provocado pelo seu mal-estar.
A sua energia e força são agora direccionadas para a dor, a energia é voltada para o interior, existe uma grande ou total contenção dos movimentos o que domina a expressão de afectos. Esta contenção afasta a pessoa do seu verdadeiro Self e assim das suas reais necessidades. A aparência física é de falta de vitalidade e, muitas vezes de resignação perante a “fatídica” doença. As suas capacidades físicas e psicológicas estão afectadas, o doente sente-se cada vez com menos vontade de comunicar com os outros fechando-se assim num ciclo vicioso.
O equilibrio entre as forças opostas (contração/descontração…) é inerente ao fenómeno da pulsação, que constitui a base da própria vida. É na procura deste equilibrio que a pessoa com fibromialgia se deve focar. O modelo das forças opostas, contração / descontração é fundamental a todos os organismos vivos.
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